Clarice Lispector para mim era mais uma da linha Machado, sabe aquele autor chatinho, difícil de entender, que está na lista do vestibular e dá preguiça só de pensar em ler? Então, era assim.
Ai peguei "A hora da estrela" emprestado, comecei a ler por pura obrigação de vestibulando e me apaixonei na primeira página. Bem assim, amor a primeira vista.
Amei, virei, viciei na Clarice.
Ela virou virou em poucas páginas melhor amiga, artista preferida e fonte inspiração.
Falo da Clarice. Recomendo Clarice.
E olha que só conversamos em oitenta e quatro páginas.
Agora eu quero levar a Clarice para passear, para dormir, para estudar.
Quero Clarice no café da manhã, almoço e jantar.
Quero Clarice para comer até enjoar, quero o que for Clarice.
Quero entrar numa livraria e só sair quando conhecer todas as Clarices que ainda não me foram apresentadas.
Quero Clarice para agora, e para viagem.
Quero mandar embrulhar Clarice e colocar na estante.
Quero ser a Clarice, quando for grande.
É assim, meu mais novo amor se chama: Clarice.
Nenhum comentário:
Postar um comentário