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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Anjos de amor




Sempre penso como acontece uma amizade, como ela nasce. Porque eu acredito que o amor de uma amizade é eterno, talvez esse seja o único amor eterno em que acredito.
É um sentimento estranho, amar tanto alguém que não tem seu sangue, que você não imaginava conhecer e que além de tudo não se parece com você. Porque acontece assim?
Eu não sei responder a essa pergunta, com toda certeza, mas tenho a certeza de que sinto exatamente assim.
Li uma vez que são anjos que você insiste em chamar de melhor amiga, e acredito fielmente nisso. Elas aparecem na hora certa, falam a coisa certa, ligam no momento certo, se afastam no momento certo, é como se elas pressentissem o que precisamos.
Ela dá bronca, discuti, fala que você está errada e o máximo que você consegue dizer é:
- “Obrigado!”
Ficamos indefesas perto delas, transparentes, não se pode esconder nada de uma verdadeira amiga, ela lê pensamentos e o coração.
Mas quando falo disso, estou falando de amiga de verdade, amiga irmã, como gosto de chamar, não estou falando só de quem um dia atendeu sua ligação, de quem um dia te deu um conselho, que uma única vez, ou duas, fez algo para que você se sentisse bem. Estou falando de que SEMPRE te atende, quem SEMPRE te dá conselho, quem SEMPRE te consola quem SEMPRE te faz rir.
E assim como muitos acreditam que cada uma tem um príncipe encantando, amor eterno, metade da laranja e blá blá blá. Eu acredito que todas nós temos nosso anjo, nossa melhor amiga para chamar de minha, se a encontramos aos 4 ou 40 anos não importa, o que importa é que assim que ela chega aos sentimos mais completas e protegidas, sabendo que onde formos ela estarão conosco, pode ser que não lado a lado, mas de coração, conectadas por um elo que não pode ser nada além de AMOR 



terça-feira, 22 de maio de 2012

Só vim me despedir.


Lembrar de tudo, me machuca, me faz chorar sabia? Cada olhar, de cada sorriso, cada abraço. Das tardes dividindo tudo, das conversas que pareciam nunca acabar. Das madrugadas em que você fazia companhia, compartilhávamos segredos e riamos, e de quando seu "boa noite" me fazia dormir. Das discussões, dos pedidos de desculpa, dos minutos de silêncio que pareciam intermináveis. Do tempo, da troca de olhares que traduziam nos dois melhor que palavras, da companhia. Da naturalidade e simplicidade que nos tratávamos, da confiança, do carinho, do cuidado.
Onde foi que nos perdemos? Se souber me fala, por favor, que eu vou correndo nos encontrar, te encontrar e encontrar seus braços. Eu voltaria correndo a qualquer lugar se fosse para ter você de novo, e não me envergonho em falar isso, esse tempo com você foi bom, foi muito bom, foi especial. E com você ao meu lado então, eu faria qualquer coisa, você me encorajava, me protegia e me salvava dos meus medos, mas agora você se foi, simplesmente se foi. 

Como você pode me deixar sozinha no meio de um caminho que era nosso? Fico me perguntando como você pode ser tão cruel comigo, logo você que eu chamava de herói, e acreditava ser meu príncipe encantando, como você pode?
Eu vi tudo que construímos se acabar como um castelo de areia a beira do mar, nosso terreno não era seguro, nos tínhamos medos de nos mesmos, tínhamos a incerteza para nos afastar. E foi a  distância que tomou conta de tudo aos poucos, nos levando para longe, e você deixou, você, meu herói, você deixou. 
Mas eu vou tentar me reconstruir, dessa vez sozinha.
Vou seguir a minha vida, e só vim aqui te contar, mesmo você tendo me deixado sem me avisar...





quarta-feira, 16 de maio de 2012

Vai virar lembrança



O último ano de escola. O último ano ao lado dos seus amigos todo dia, toda hora. O último ano das risadas em coro quando algo engraçado acontece na sala. A última chance de "melhorar no próximo bimestre". As últimas oportunidades de fazer a diferença na escola. O último ano das aulas indesejadas. E o último ano com as aulas mais legais. Essa é a última vez - pesado né? - que muita coisa vai acontecer. 
Li uma amiga dizer: 
- É o primeiro dia de aula foi legal. Mas esse é o último "primeiro dia de aula" da escola. 
E foi como se ali caísse  a ficha de tudo que a aconteceria no meu ano, muitas coisas seriam a última vez. :(

Eu não quero que acabe, sempre torci para acabar, mas agora que eu cheguei aqui não quero que acabe. É como querer pular de paraquedas, mas na hora de saltar do avião querer voltar, estou bem assim. 
O último ano parece mágico, ele está passando depressa demais e marcantes demais. 
Em cada risada, cada prova, cada piada sem graça de professor, cada momento bom com seus amigos, parece ter gostinho de fim. 
E não é um final eterno, ele é feliz, mas traz consigo uma saudade que já comecei sentir. 
Vamos para faculdade, finalmente a faculdade, a profissão que escolhemos, o nosso futuro, vai ser legal. Mas a escola tem gostinho de casa, os professores são como tios, ou até pais, e os amigos, podem ser irmão, primos ou parentes distantes, mas somos uma família. 
É na escola que você passou a maior parte da sua vida até aqui, foi ali que você aprendeu não só a ler, mas a conviver, a enfrentar os medos, a aceitar os outros, e a cima de tudo ser você. 
É engraçado como nossos amigos mudam ao longo dos anos, mas no ensino médio não, na maior parte do tempo seu grupinho foi o mesmo, e você se sente bem com eles, você não sabe como será, levantar e saber que não irá rir com eles, contar o fim de semana ou o programa engraçado que você assistiu na TV ontem. 
Já sei que terão novas pessoas, novos amigos, novas situações na faculdade, mas nada será como a escola. 
E em meio às lágrimas de saudade antecipada desejo a mim e a todos que compartilham desse momentos que cada momento desse ano sejam boas lembranças eternas. :') 


Feliz últimas chances a todos que estão no último ano de escola, nosso tão esperado: Terceirão! 








segunda-feira, 14 de maio de 2012

Amizades certeiras



"O amor sincero de uma amizade verdadeira jamais pode ser errado." 

Um amigo pode errar porque é humano, mas o amor permanecerá lá; o amigo pode chatear ou decepcionar mas se for verdadeiro o amor continuará lá.
Existem amores que vem e vão, existem até amigos que vem e vão, mas o verdadeiro amigo não vai, ele percorre essa estrada de idas e vinda bem ao seu lado. 
E assim para todos os amores errados existe um amigo verdadeiro e de amor sincero e real.




Dedicatório do livro: "Para todos os amores errados, Clarissa Correa" que dei de presente para a Camilla, minha amiga verdadeira.

Doce Sensação




Se eu pudesse eu viveria de escrever, porque escrever me liberta, me alivia, me expõe, me guarda me transforma, me traduz. 
Escrever faz do mundo mais seu, você faz a sua vida do seu jeito, é você que controla tudo.
Quando escreve você se teletransporta para um mundo paralelo onde o instante é você quem faz, e você pode muda-lo e muda-lo e muda-lo quantas vezes quiser. 
É gostoso se imaginar vivendo em castelos e contos de fadas, e porque não fingir que você é a princesa? É gostoso saber que você vai ter um final feliz através de letras. É mágico o momento em que a inspiração vem e você não consegue parar de escrever. 
Escrever é fácil, é simples e é incrível.
Quem escreve uma vez nunca mais para, vai passar a vida escrevendo. Escrever é como experimentar brigadeiro, uma vez que se prova não tem com esquecer, vicia. 
Escrever pode ser para você, ou para o mundo, pode ser pouco ou muito, mais vai ser sempre especial. 
E como descrever a sensação determinar um texto, ler e pensar: "Fui eu que fiz."?
E quando alguém lê o seu texto, e te entende, ri, chora ou simplesmente sente. São essas as recompensas da escrita, poder ser herói ou vilão, mas ser sempre alguém. 







quarta-feira, 9 de maio de 2012

Nem tão rosa assim




Lembro exatamente do dia em que li a frase de uma pessoa, na época era muito especial para mim, que dizia:


      "ODEIO gente perfeccionista! Gosto de pessoas que não fazem nada por ordem alfabética ou algo do tipo...”.

A frase era diretamente para mim, sem titubear eu sabia que era eu só não queria acreditar no que lia. Lembro que na hora ri, mas que a frase ficou ecoando na minha cabeça durante semanas, toda vez que eu fazer algo me lembrava da frase, e sem exageros, me dava vontade de chorar. Odeia? Mas porque, odiava? Porque era tão ruim que alguém, no caso eu, agisse assim? Eu não entendia onde estava o problema, e comecei claramente a achar que eu era um problema, quer procurar fazer tudo milimetricamente é errado.

E o que mais me machucava quando me lembrava da frase é que eu também não gosto desse meu perfeccionismo. Eu não acho legal ter que apagar diversas vezes uma linha até que ela fique milimetricamente perfeita, ou que eu fique arrumando a disposição de uma mesa até que ela esteja alinha e perfeita. Não gosto de me incomodar com a assimetria das coisas, principalmente coisas que não vou conseguir modificar; detesto quando só consigo achar que uma estante está organizada quando os livros estão em degrade de cores, tudo isso me cansa.

E toda vez que vou fazer algo é a mesma novela, eu tenho que fazer diversos rascunhos antes, medir tudo, até ter a certeza de que tudo sairá perfeito. O resultado é bom, mas é triste quando não sai como eu queria, é uma decepção a mais do que para outras pessoas.
As outras pessoas falam: "Que pena! não deu certo, da próxima vez vou fazer melhor.", mas comigo não, eu passo horas, dias, pensando: "Não suficientemente boa, se eu tivesse me esforçado mais, teria conseguido, eu FALHEI."

E isso me martiriza desde pequena, sempre fui autocrítica, me lembro de passar o dia chateada se tirasse um sete ou oito na escola, e até do nove eu reclamava.

 Eu simplesmente nunca aceitei não ser "A melhor"em nada que eu faça, e isso não é bom, parece querer ser mais que os outros, mas na verdade eu só tento ser melhor que eu mesma, é uma competição solo que pode ser muito mais cruel que competir com alguém.

:(






segunda-feira, 7 de maio de 2012

Papo de mulher

Sempre achei que existe uma diferença entre Vadia e PIRIGUETE, acompanhe o raciocínio.

Piriguete é aquela bem humorada, legal, que dependendo pode ser até amiga e amável, ela pode escutar ou pedir conselhos e ATÉ se apaixonar perdidamente. Só que no meio de tudo isso ela não dá ponto sem nó, não perde um noite, tem uma lista de "clientela" extensa e é aquela que se joga de verdade. 

Já a vadia faz questão de mostrar todo o seu mau caráter  a toda e qualquer hora, adora ganhar vantagem em cima dos outros - melhor ainda se forem outrAs-. Ela vive  a vida como uma competição constante, poderíamos até  atribuir a ela o papel de vilã, e eu até me atreveria a dizer que a vadia NÃO ama. 

Mas se tem um tipo de vadia que qualquer mulher tem horror só de pensar é a vadia "AMIGA DELE", essa é a pior, daquelas que você faz pôster para jogar dardos e daria tudo para fazer desaparecer. E o mais incrível é que parecem que todos eles tem uma "amiga" assim. E o que dá mais raiva é que essa vadia, a RAINHA ABSOLUTA, faz questão de provar a todo o momento o quão vadia ela é: fica em cima dele, quer comentar todas as fotos, andar a braçada, ligar de madrugada, mandar mensagens fofas, chamar de amor (esse é que é o fim), e tudo mais que ela acha que tem direito. E ela só faz tudo isso para testar os seus limites, ver até onde você aguenta. E a tacada final, que faz a vadia dar pulos de alegria e bater recordes no joguinho dela, é quando você vai falar alguma coisa e ele fala: "que isso, somos só amigos, ela não faz por maldade, é coisa de irmão." Irmão de quem meu amor? Porque eu nunca vi uma irmã fazer essas coisa.

Ai você pensa: "como eles podem defendê-las?"  
E a resposta é: Vadias só podem ser percebidas por olho feminino, homens não conseguem enxerga-las nem com microscópio, pobres homens, tão bobinhos, tão inocentes, não fazem noção do terror que essa espécie pode causar na vida de nós mulheres. 

E é por isso que eu amo e defendo as piriguetes, que dão de dez na hipocrisias das, como posso defini-las além de: VADIAS







E assim o mundo gira


Toda vez que falo que quero morar fora alguém fala a infeliz frase:
"- Você não faz nem sua própria comida, não limpa casa, não faz isso não faz aquilo."
Eu quero que vocês explodam, eu não estou te perguntando o que faço ou deixo de fazer, não estou pedindo para você  me sustentar e muito menos limpar  a casa para mim.
Não se mede maturidade, responsabilidade, ou qualquer outra coisa. Tem bebê que anda com 8 meses e outros com 1 ano e nem por isso os dois andam de maneira diferente, não significa que as chances dos dois caírem seja diferente. Significa apenas que os DOIS sabem andar.
Tem gente que aprende a ler com 4 anos e outros com 6 anos, o que não garante que um lê melhor que o outro. Mas os dois, afinal, sabem ler.
Tem  criança que tem medo de escuro, e outras não, o que não significa que a que não tem medo de escuro não tenha medos.
Tudo na vida é assim, cada um tem seu tempo, cada um é melhor em uma coisa ou na outra,  cada um tem seu talento, sua vocação e suas necessidades pessoais.
Você sabe cozinhar ou porque você gosta, ou porque precisa cozinhar. E você pode não saber chegar ao centro da cidade, ou pegar um metro como atalho sem ajuda. Eu já gosto de andar por São Paulo, conheço lugares e caminhos, mas não sei cozinhar. E é  assim que o mundo gira e vai se encaixando.

Eu só quero que as pessoas parem de subir em um pedestal de "SOU MADURA" e comecem a aceitar as diferenças dos outros, cada um tem sua vida. Eu quero ter a certeza que não irão julgar minha responsabilidade, nível de maturidade ou minha personalidade, por eu gostar ou não de rosa, escutar ou não MPB, saber cozinhar ou não, limpar  a casa ou não, andar só de carro ou não. Todo mundo cresce, todo mundo aprende, e eu vim para o mundo para aproveitar a MINHA vida seja ela como for. Cada um cuidado da sua, vamos mais longe. : )


"Make your own wings ad fly far away" -  Fça sua asa e voe para longe. 




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